segunda-feira, 20 de julho de 2015

5 meses depois de ser mãe

Desculpem a minha ausência...Tem-me feito falta escrever mas não tenho conseguido mesmo.
Voltar ao trabalho desestabilizou tudo, até porque ter um baby realmente deixa-nos a vida preenchida ao máximo. Já me encontro a recuperar o fôlego. Há cerca de 2 meses que consegui voltar para o ginásio, estou a seguir um plano alimentar com uma nutricionista, vou tentando que tudo entre novamente nos eixos, nuns novos eixos acho eu. Ter uma filha mudou isso também: quero o melhor para mim para poder dar-lhe o melhor.
Eu tinha ideia que depois do parto, quando nos colocam o bebé nos braços somos inundadas de um amor arrebatador. Comigo não foi assim. Tive medo primeiro, as 41 semanas não foram nada suficientes para me preparar porque eu precisava conhecê-la. Ela habituou-se a estar cá fora, eu habituei-me a mostrar-lhe o mundo. Fui perdendo o medo, percebi que eu era quem a conhecia melhor, foi tudo tão intuitivo. Depois dos 3 meses senti que já não era só eu que precisava dela, ela já sabia que eu estava ali, procurava-me com os olhos, dava-me os maiores sorrisos. Hoje com 5 meses é, sem dúvida, uma luz nas nossas vidas. A forma como enrosca os bracinhos no meu pescoço, em como vem com os seus dedinhos tocar-me na cara, as suas gargalhadas contagiantes, a forma como olha para tudo sem medo e com uma enorme curiosidade, são das melhores sensações que já senti na vida.

terça-feira, 31 de março de 2015

7 Semanas Depois

Ser mãe. Ainda não acredito que é verdade. Todos os dias fico a ver a minha pequenina dormir e penso "fizemos uma perfeição": ela é linda, de encher o coração. O que mudou? Já não há grande espaço para a preguiça, às vezes nem há espaço para descansar. Descobri que quando temos um filho, superamos até a exaustão. Agora então que ela já sorri...uau, tudo fica bem quando ela sorri!
Esqueci-me de dizer que ela nasceu com 53 cm e agora já tem 57cm e 5,600 kg. Dizem que parece um bebé de 3 meses mas a mim sempre me pareceu pequenina e ainda acho que é uma formiguinha.
Tenho vivido completamente para ela, daí que fiquei surpreendida quando na minha consulta de revisão pós-parto disseram que a minha tensão ainda não voltou ao normal. Pior, por causa disso e da amamentação, ainda não posso voltar ao ginásio. Estou enorme, a começar com crises de auto-estima, as hormonas pós-parto dão uma quebra tão grande, há dias em que me sinto tão feia... Portanto, amanhã é dia de começar um fase nova. Quero voltar ao trabalho (tenho em mãos o projecto de abrir o meu próprio atelier), quero sair de casa para pequenas caminhadas com a minha pequena ou com a minha cadela. Vou pintar o cabelo, cuidar mais de mim.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Diário da Gravidez 11

Sim, sim, sim, a minha princesa já está nos meus braços desde dia 11. Fiquei internada dia 10 e comecei logo com a indução. Depois de 2 comprimidos vaginais, as contrações começaram. De tarde puseram-me a soro com oxitocina e as contrações tornaram-se muito dolorosas mas dilatação nem vê-la e a bebé manteve-se sempre alta sem encaixar. Passei uma noite terrível, cheia de dores e não me deixavam levantar nem mexer. Pela manhã, depois de uma ecografia viu-se que talvez a bebé não passasse na bacia porque estimavam que o peso já ultrapassasse os 4 kg. Ainda assim voltaram a pôr-me a oxitocina para ver se as contrações desencandeavam alguma coisa. Por volta das 14h, graças a Deus que o médico que me seguiu estava de serviço nesse dia, viram que a dilatação não passava dos 2 dedos, a bebé mantinha-se bem alta, a minha tensão começou a subir e perguntaram-me se queria fazer cesariana. Sinceramente era tudo o que eu queria naquele momento. Já há mais de 24 h que tinha tantas dores que só queria que acabasse rapidamente.
O meu marido tinha ido almoçar, liguei-lhe logo porque estava a desenrolar-se tudo tão rapidamente que tinha medo que me levassem sem que eu o visse. E não me enganei por muito, tivemos 15 minutos antes de ir para o bloco de partos: só deu tempo para respirar fundo, darmos um beijinho e tentarmos sorrir. A anestesia foi local, estive consciente o tempo todo e mantive-me calma sempre. Achei que foi tudo rápido, tentei não me deixar levar por tudo o que sentia e focar-me na minha bebé, no meu marido (sim, fez-me muita falta ter o meu marido ali...). Correu tudo bem, aliás já está tudo cicatrizado!
Não vos vou dizer que foi tudo muito fácil. O momento em que ouvi o choro da minha princesa fez-me vir as lágrimas aos olhos, pensei "Finalmente estás connosco". Vi-a meio à pressa e levaram-na para o meu marido. Tudo o que eu queria era chegar perto deles e foi maravilhoso quando o pude fazer, foi uma sensação de estar completa. Só que depois chegou a altura dele ir embora, a anestesia foi passando e as dores eram imensas, o desconforto era tremendo, não me podia levantar, a bebé ficou logo comigo e tudo o que queria era mamar (é esperado que se comece a amamentar e os primeiros dias são muito duros, de ir às lágrimas com dores). Sabia que aquela era a primeira de 4 noites de internamento e passado um dia da bebé nascer fui-me a baixo. Nos braços do meu marido desfiz-me em lágrimas, parecia que não aguentava mais, eram tantas dores, tanta falta de descanso, senti-me esgotada. Aumentaram-me os analgésicos e adormeci enquanto o meu marido ficava com a bebé por algumas horas. Depois disso, passou tudo o que era negativo, consegui ligar-me à minha pequenina como não tinha ainda conseguido fazer. Empenhei-me a fundo na recuperação e na amamentação. Ainda estou mexida pelas hormonas, choro facilmente mas tem sido de alegria!
Passei o dia dos namorados no hospital. O meu marido levou-me flores, ofereceu-me um pulseira linda para simbolizar o nascimento da nossa filha e levou sushi para jantarmos juntos: eu acho que tenho muita sorte por ter um príncipe encantado ao meu lado! Sim, o meu marido foi fundamental, esforçou-se imenso, foi a minha rocha e esteve ao meu lado sempre que foi possível.
Faz amanhã uma semana que estamos em casa com o nosso amor pequenino. É inexplicável esta sensação de apego e protecção que sinto com um ser tão pequenino que eu nunca tinha visto mas que pareço conhecer tão bem. Sou capaz de ficar horas a olhar para ela a fazer gracinhas, a espreguiçar-se com os dedos muitos esticados, a bocejar, a sorrir, com a sua boca tão pequenina e delicada. Todos os dias ela muda um bocadinho, todos os dias eu mudo um bocadinho com ela, todos os dias esta menina faz com que nos apaixonemos mais por ela, todos os dias estamos mais apaixonados um pelo outro.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Diário da Gravidez 10

Sábado à noite. Faltam passar 2 dias, 2 longos dias para chegar logo terça-feira. Pois, por esta altura já perdi a esperança de que a minha pequenota provoque o parto, portanto conto com o dia que está marcado: terça-feira, dia 10 de Fevereiro.
Enquanto a sinto agitar-se na minha barriga e vejo a minha pele ganhar altos e baixos do reboliço, sorrio e peço-lhe baixinho "Não nasças no dia dos Namorados". Já lhe tinha dito "Não nasças no Natal, não nasças na Passagem de Ano", vamos lá ver se me ouve, que esta miúda já é teimosa como o pai ( ok, ok, também como a mãe!)!
Vai parecer maluquice mas, durante estas quase 41 semanas de entusiasmo e descobertas, sempre me pareceu irreal que dentro de mim estivesse um bebé. Eu vi-a em tantas ecografias, sinto-a tanto, rio-me das suas cambalhotas, ando orgulhosa com a minha enorme barriga, derreto-me com as roupinhas que lhe vou vestir, fico lamechas com o meu marido enquanto falamos de como queremos a nossa filha nos nossos braços. Mas só quando vir a carinha dela, os olhos, a boquinha, e sentir a pele dela na minha, as suas mãozinhas, só nesse momento tudo se torna real, só nesse momento acredito que, sim é verdade, o nosso amor fez acontecer um milagre!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Diário da Gravidez 9

Pois é, esta que vos escreve ainda está grávida. 40 semanas e 4 dias.
Na segunda-feira tive consulta no hospital, como tudo está estável disseram que o melhor seria marcar indução para dia 10, dia em que faço umas gigantes 41 semanas. Sim, estou gigantesca! Nestas duas semanas as poucas estrias que tinha na barriga triplicaram e as dores pelo corpo também. Ainda assim a minha princesa não se resolve a nascer.
Custa bastante esta espera, que mais parece uma contagem decrescente, que me deixa cansada e sem saber o que fazer para o tempo passar mais depressa. Também tenho que admitir que fico um pouquinho triste por as coisas não se desenrolarem de uma forma natural e ter que ser um parto induzido, ou até mesmo cesariana mas tenho tentado encaixar a ideia, pensando apenas no mais importante: ter a nossa bebé perto de nós.
Se estou assustada? Estou. Agora é mesmo real que vem aí uma pessoa pequenina que depende de mim, de quem eu tenho que cuidar, que tem vindo a alterar a minha vida e vai alterar ainda mais. Ainda assim...soa a mágico, completamente mágico.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Diário da Gravidez 8

E eis que chegámos às 39 semanas. Contrariando tudo, a minha bebé ainda não quis nascer e como está tudo estável, os médicos aconselham a esperar (tenho consulta na próxima segunda-feira para avaliar a situação). Mantém-se nos 3,5 kg e na última eco fazia movimentos respiratórios e mexia a boquinha, tem já umas bochechas deliciosas.
Se o parto tivesse acontecido logo às 38 semanas eu diria apenas maravilhas da gravidez, contaria que consegui fazer tudo e mais alguma coisa durante esse tempo e que tive sempre muita energia. Mas acontece que depois das 38, tem sido sempre a descer, qualquer coisa que faço canso-me, fico mesmo exausta e cheia de sono, doem-me as costas e as virilhas, as minhas pernas parece que pesam toneladas e os meus pés incham à maluca. Logo agora que tenho permissão e incentivo para grandes caminhadas e esforços, pareço uma pata choca que não consegue aguentar nada. Filhota, anda lá, sei que já estás prontinha para vir para os meus braços, anda que eu estou ansiosa à tua espera!

domingo, 18 de janeiro de 2015

Diário da Gravidez 7

Ponto da situação: ansiosa! Depois de ter tido consulta no sábado, de saber que a minha pipoca está pronta para nascer (avaliaram o peso em 3,5 kg!) tanto que a minha placenta está a envelhecer rapidamente, e do médico ter dito que ela nascerá às 39 semanas, resta-me esperar. Parece que andei estas semanas todas a preparar tudo e a preparar-me para este momento e, agora que aqui cheguei, fico de coração aflito. Custa-me não saber quando será, estar simplesmente à espera. Esperar não é mesmo o meu forte. Tento preencher as horas que passam mas é difícil, estou sempre a pensar no mesmo e, por mais que pensa, fica tudo igual: incerto, fora daquilo que consigo controlar.
Se eu pudesse escolher, começaria com contrações na próxima semana, aguentar-me-ia em casa a fazer a dilatação com exercícios e bola de pilates, as águas rebentavam, ia para o hospital, parto natural e sem epidural, o meu marido comigo a partilhar cada instante, a sentir comigo em simultâneo tudo o que a nossa filha trará consigo quando sair de dentro de mim. Ai, já disse que não gosto de esperar nem daquilo que não posso controlar?

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Diário da Gravidez 6

37 semanas. Será cliché dizer que passou tão depressa... Os meus momentos dividem-se entre imaginar a carinha da minha bebé, de que tamanho será, a forma como olha, o cheiro dela, a maneira como vai ficar perfeitamente aconchegada nos meus braços, e os momentos em que quero que o tempo passe mais devagar. Sim, doem-me as costas e as virilhas, ando como um pinguim e fico logo cansada mas não interessa, tem sido tão bom, tão bom. Senti-la mexer, sentir que tem soluços, senti-la aqui dentro de mim é uma sensação que ultrapassa alguma coisa que eu já possa ter sentido: é maravilhoso e sinto-me abençoada por estar a viver algo tão mágico. Apetece-me ficar a abraçar a minha barriga e tentar parar o tempo, fica cá dentro filhota, estamos tão felizes assim.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Diário da Gravidez 5

Por aqui a gravidez entrou na recta final, estou hoje com 36 semanas. Fico feliz que a minha princesa não se tenha lembrado de nascer no Natal ou Passagem de Ano, mesmo quando a mãe resolve manter a tradição de entrar no novo ano com amigos até de madrugada.
Malas de maternindade, minha e da bebé, prontas. Falta-me apenas dar um toque final na casa e esse toque anda a tardar porque agora ando com oscilações de tensão arterial, ora sobe ora desce e eu fico com tonturas e vómitos. Portanto, cá estou eu aninhada no sofá a ver se não tenho que ir para o hospital de urgência e se realmente a minha baby nasce mais perto das 40 semanas (gostava imenso que ela fosse Aquário). Mas pronto, por esta altura já não me preocupo tanto porque, em princípio, se nascer nasce sem perigo.
Espero que o vosso 2015 seja um ano repleto de coisas boas, pessoalmente acho que será um dos melhores anos da minha vida!
Para a Ana Nunes, claro, podes enviar-me email (email aqui temporariamente, peço desculpa por responder só agora mas não tinha vindo ao blog.)